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Pisciana, nostálgica em consequência saudosista e um pouco melancólica. Sensitiva, premunitiva e idealista. "Altamente Urbanóide". Tenho personalidade forte, apesar da aparência. Amada por muitos e odiada por poucos... Estilo próprio por isso sou bem identificável. Influências externas nunca foram o meu forte! Sempre gostei de dentro do possível ser um pouco diferente. Amo inovar! Sempre me senti umbilicalmente conectada no centro de um crescente movimento cultural, altamente típico dos centros urbanos mais movimentados. Onde residem todas as tribos que sempre fizeram parte do cotidiano desta urbana centrada nos artistas performáticos, escritores, shows, exposições de pinturas e esculturas, bares estilosos como também aqueles mais inusitados possíveis. Enfim, essa mistura de luxos e lixos típicos de grandes cidades sempre fizeram parte do meu cotidiano. Conviver harmonicamente com o asfalto e as favelas faz parte da grande celebração do antipreconceito. Assim, passamos a viabilizar todas as formas de convivência humana.
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MPF pede encaminhamento de pacientes do Fundão para o HGB

Publicada em 04/07/2008 às 15h26m

O Globo

RIO - O Ministério Público Federal enviou uma recomendação ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundão) para que os pacientes na fila de transplantes de fígado da instituição sejam encaminhados para o Hospital Geral de Bonsucesso (HGB). Mais da metade das 1.114 pessoas na fila à espera de um transplante de fígado estão sem qualquer esperança de fazer a cirurgia. O Fundão, que possui hoje 622 pacientes precisando do órgão (os demais estão na fila do Hospital Geral de Bonsucesso), interrompeu esse tipo de procedimento no dia 7 de abril. Desde então, cinco doentes que aguardavam a vez para ganhar um novo fígado já morreram.

Os procuradores da República Roberta Trajano e Daniel Prazeres, autores da recomendação, ainda ressaltaram que a instituição deve iniciar o encaminhamento pelos pacientes em estado mais grave na ordem da lista única de transplantes. Já a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos ficará responsável pelo recebimento de cópias dos prontuários médicos e, após a autorização formal do pacientes, deverá encaminhá-los ao HGB.

A atuação dos procuradores é resultado de apurações iniciadas através da Ong Dohe-fígado que noticiou ao MPF a ausência de informações aos pacientes do Hospital do Fundão quanto à paralisação dos transplantes de fígado. A recomendação é um instrumento usado por procuradores da República para defender o interesse público antes de recorrer a um processo judicial.

Depois de terem feito uma manifestação na porta do hospital, na última terça-feira, os pacientes e seus familiares resolveram apelar para a Justiça e entraram com várias ações pedindo a reabertura da unidade. Segundo o advogado Manoel Peixinho, já houve uma vitória parcial: uma liminar da 16ª Vara Federal determinou na quarta-feira a transferência de um doente, que não conseguiu ser internado no Fundão e está em coma no Hospital da PM de Niterói, para a Clínica São Vicente, na Gávea. A liminar determinaria ainda que a União custeie o custo da internação e que o transplante de Ricardo Pacheco, de 68 anos, seja feito na unidade particular, assim que ele tiver condições de receber um novo fígado.

Nesta sexta-feira, os funcionários que fazem parte do corpo social do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) divulgaram uma nota em resposta às declarações sobre a crise do Fundão dadas recentemente à imprensa por autoridades públicas. De acordo com o documento, não é verdade que o Ministério da Saúde tenha dobrado os recursos enviados ao HUCFF. Ainda de acordo com a nota, a carência de recursos e a preocupação com a segurança dos pacientes teria obrigado o hospital a reduzir progressivamente o atendimento.

O começo do Desespero!

Fundão não faz mais transplantes PDF Imprimir E-mail

Mais da metade das 1.114 pessoas na fila à espera de um transplante de fígado estão sem qualquer esperança de fazer a cirurgia. O Hospital do Fundão, onde há 622 pacientes precisando do órgão (os demais estão na fila do Hospital Geral de Bonsucesso), interrompeu esse tipo de procedimento no dia 7 de abril. Desde então, cinco doentes que aguardavam a vez para ganhar um novo fígado já morreram.
Depois de terem feito uma manifestação na porta do hospital, na última terça-feira, os pacientes e seu familiares resolveram apelar para a Justiça e entraram com várias ações pedindo a reabertura da unidade. Segundo o advogado Manoel Peixinho, já houve uma vitória parcial: uma liminar da 16oVara Federal determinou ontem à noite a transferência de um doente, que não conseguiu ser internado no Fundão e está em coma no Hospital da PM de Niterói, para a Clínica São Vicente, na Gávea.
A liminar determinaria ainda que a União custeie o custo da internação e que o transplante de Ricardo Pacheco, de 68 anos, seja feito na unidade particular, assim que ele tiver condições de receber um novo fígado.
Filha de uma das doentes que estão na fila do Fundão, num dos primeiros lugares para transplantar, Ana Lucia de Castro também entrou ontem com ação no Ministério Público para pedir a reabertura da unidade: - Estamos em completo desespero.

Falta de insumos parou cirurgias complexas
Diretor de unidade diz que situação volta ao normal em uma semana

Pacientes que estão na fila para um transplante no Fundão dizem que a situação do hospital é caótica, e não apenas para quem aguarda a chance de conseguir a cirurgia. Doentes em situação grave também sofrem quando são internados: faltam remédios, gaze e seringas, e exames fundamentais para doentes hepáticos não estão sendo feitos.
O diretor do hospital, Alexandre Cardoso, reconhece os problemas e diz que, justamente por causa deles, suspendeu cirurgias complexas: - Desde 2004, não temos reajustes nos valores pagos por nossos procedimentos e, por isso, vínhamos tendo dificuldades para manter o estoque. Chegamos a uma situação em que achamos melhor suspender as cirurgias complexas porque não tínhamos como garantir a qualidade do atendimento.
De acordo com o médico, o hospital recebe R$ 4,3 milhões mensais do Ministério da Saúde, mas gasta R$ 1,3 milhão com o pagamento de pessoal extra, o que teria contribuído para o desabastecimento.
Há 15 dias, o Ministério da Educação resolveu repassar R$ 6 milhões para pagamento de pessoal.
- Com isso, vai ter sobra para retomarmos as cirurgias - diz Alexandre, prevendo que novos transplantes sejam possíveis em uma semana.


Fonte: O Globo - Rio - 04/07/08
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Inversão de Ordem de prioridade na lista ( Jornal O DIA - 04 -07 -2008 )

O Ministério Público Federal instaurou procedimento administrativo para apurar “notícias de inversão de ordem de prioridade na lista de transplantes hepáticos do Rio”. Um dos alvos da investigação é a proporção entre o número de procedimentos realizados em cada uma das 4 unidades transplantadoras de fígado e as respectivas quantidades de doentes inscritos.

Com 472 pacientes hoje na fila única de transplantes, o Hospital Geral de Bonsucesso operou apenas 13 esse ano. Na Clínica São Vicente, na Gávea, 6 dos que estavam na fila foram transplantados desde janeiro. Restam agora outros 6 à espera, inscritos pela unidade particular, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

A diferença de proporção é ainda maior no Hospital Clementino Fraga Filho (Fundão), que suspendeu os transplantes de fígado em abril. Com 622 cadastrados, a unidade transplantou 7 desde o início do ano. Já o Hospital Municipal São José do Avaí, de Itaperuna, fez dois transplantes desde janeiro, e tem hoje 14 pessoas na fila.

“Alguns transplantados na São Vicente conseguem o fígado por liminar. E a Central Estadual tem que cumprir a ordem judiciária. Isso não pode virar regra, caso contrário todo paciente que entrar na Justiça vai ser beneficiado”, disse a superintendente de Atenção Especializada da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, Hellen Miyamoto.

Segundo ela, outro fator que beneficia os pacientes da rede privada é o acesso a exames para determinar a gravidade de cada caso. Um padrão chamado ‘escala Meld’ mede o estado de cada pessoa e, quanto mais delicado, maior a chance de se conseguir o transplante. “Um paciente que faz tratamento privado faz exame até semanalmente. Já na rede pública pode fazer de dois em dois meses”, explica. Por isso, as informações dos pacientes da rede privada podem estar mais atualizadas.

Segundo o estado, nos últimos dois anos quatro pessoas que não eram as primeiras da lista única foram beneficiadas com liminares para transplante de fígado. “Geralmente, o médico dá um laudo dizendo que ele corre risco de vida para que a família recorra à Justiça. Mas há muitos outros pacientes graves na lista. Quando um juiz dá uma liminar no plantão, ele não avalia outros que podem estar mais graves. Quando o pedido é feito à noite ou no fim de semana, a gente não consegue reverter. E quando o transplante é feito, a gente não tem o que fazer”, diz, acrescentando que nos últimos meses alguns juízes têm consultado a Câmara Técnica de Fígado.

A assessoria de imprensa da São Vicente afirmou que nos casos de transplantes as liminares não passam pela unidade. Afirma ainda que é credenciada para a realização de transplante hepático, mas que apenas disponibiliza leitos para que os pacientes sejam transplantados pelas duas equipes credenciadas para fazer esse tipo de cirurgia no Rio — a do Hospital Geral de Bonsucesso e a do Fundão.

CIRURGIAS PARADAS E 5 MORTOS
O Hospital Clementino Fraga Filho (Fundão) suspendeu todos os transplantes e procedimentos de alta complexidade em maio. Antes, em abril, a unidade já interrompera a realização de transplantes de fígado, segundo a direção devido à falta de equipe credenciada para esse tipo de procedimento. No mês de maio, como O DIA noticiou terça-feira, 5 pacientes morreram.

As mais de 600 pessoas na fila para receber um órgão esperam preocupadas pelo credenciamento de novo grupo de médicos, o que segundo o Fundão ocorrerá até sexta-feira. Além dos transplantes, o Fundão suspendeu consultas e exames. Pacientes submetidos a transplante de fígado contam que estão há meses sem exames fundamentais.

“Fiz transplante há um ano, depois de dez anos na fila. Vim de Teresópolis e não consegui fazer nenhum dos exames de acompanhamento”, disse terça-feira Gecilene de Jesus Souza, 38 anos.

PACIENTE NA FILA PELO FUNDÃO ENTRA EM COMA

Há quatro anos na fila de transplantes do Hospital Clementino Fraga Filho, o aposentado Ricardo Pacheco, 68 anos, entrou em coma e precisou ser transferido para o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital da Polícia Militar, em Niterói, onde está internado há dias. Inconformada, Márcia Pacheco, 40 anos, conta que seu pai já poderia estar livre do problema de saúde desde março.

“Estou em desespero. Meu pai é um dos primeiros na fila. Em março, o fígado que iria para ele foi transplantado em outra pessoa que obteve uma liminar. Agora, ele está gravíssimo. Quero que a Justiça agora consiga um fígado para ele”, diz Márcia. “Vou entrar com um pedido de liminar também. Não quero que meu pai, há 4 anos na fila, morra sem ter chance”, diz ela.

Márcia, que chorou terça-feira na manifestação que pacientes do Fundão fizeram contra a paralisação dos transplantes, torce pela melhora do pai para que possa ser operado.

Bonsucesso atua no limite

O Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) tem projeto de criação de unidade de cuidado integral do paciente transplantado, que tem como meta a realização de 75 transplantes hepáticos anuais. Segundo relatório da direção do HGB, a unidade trabalha no limite de sua capacidade atualmente. Apesar disso, poderá receber os pacientes do Fundão que ocupam as primeiras posições na fila única.

Esses doentes devem pedir a transferência de unidade transplantadora sem perder seu lugar na fila. De acordo com o Ministério da Saúde, eles podem buscar informações na Secretaria de Transplantes Hepáticos, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h. O setor fica no 2º andar do prédio 3 do HGB, na Avenida Londres 616. Mais informações no (21) 3977-9500.

Ontem, a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, afirmou que a entidade vai promover um debate entre os diretores de unidades como Fundão, Gaffreé Guinle, Antônio Pedro e Pedro Ernesto; gestores das três esferas e representantes dos ministérios da Saúde e da Educação. A intenção é buscar soluções para evitar, segundo Márcia, que mais pacientes morram, não só na fila do Fundão.


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Ricardo Pacheco aguardou anos na fila de transplantes de fígado do HUCFF (Fundão) ficou no topo de lista por 1 (um) ano. Foi chamado por 6 vezes para o transplante e a incógnita do não recebimento do órgão está lançada! Que as autoridades competentes do Brasil se sensibilizem mais com a questão da Doação de Órgãos no País. Que haja mais seriedade na questão de gravidade dos pacientes. Que os responsáveis por essa tragédia e outras que aconteceram sejam punidos! Que o Brasil não deixe cair no esquecimento o que foi a “Vergonha Nacional” sobre a crise dos transplantes hepáticos do HUCFF.

RECORDANDO:

ONDE ISSO VAI PARAR?????


PF denuncia ex-diretor do Rio Transplante por Fraude
Carolina Bellei,Janaina Linhares e Raphael Lima, Jornal do Brasil

RIO - Pelo menos seis pessoas morreram enquanto aguardavam por um transplante de fígado no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, na Ilha do Fundão.

Ontem, o médico Joaquim Ribeiro Filho, ex-coordenador do Rio Transplante no governo da Rosinha Garotinho no Estado, foi preso em sua casa, em Laranjeiras, pela Polícia Federal, acusado de ser o chefe do esquema que manipulava a lista dos pacientes que precisavam receber um fígado e dava prioridade às pessoas que pagavam pelo órgão.

Outros quatro médicos da equipe dele no Hospital do Fundão também foram denunciados pelo Ministério Publico Federal (MPF), mas irão responder ao processo em liberdade.

– Eu denunciei três casos onde pessoas foram beneficiadas, dois chegaram a ser concluídos e um foi tentativa – informou o procurador Marcello Miller, que denunciou os médicos, completando que a Polícia Federal vai investigar novos indícios.

– Ainda temos um paciente em que o médico sugeriu o pagamento e teria se negado a realizar a cirurgia caso o valor cobrado fosse negado.

Além do ex-chefe da equipe de transplantes hepáticos do HUCFF, os médicos Eduardo de Souza Martins Fernandes, Giuliano Ancelmo Bento, João Ricardo Ribas e Samanta Teixeira Basto vão responder por peculato (crime de desvio de recursos ou bens por servidor).

E segundo a PF, eles também poderão ser indiciados por tráfico de influência, favorecimento pessoal e falso testemunho.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, atualmente, 1077 pessoas aguardam por um transplante de fígado e cerca de 5 pessoas morrem por mês esperando o novo fígado.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, se disse perplexo com o caso e criticou os critérios da atual lista de transplantados:

– É preciso regularizar a situação da crise na saúde pública do Rio. Nos últimos 10 anos, houve uma queda acentuada no número de transplantes em função do agravamento desta crise.

Precisamos de meios de controle rigoroso e transparente. O sistema tem que estar preparado para evitar "fura-fila".

Um dos pacientes de Joaquim Filho foi o militar reformado Ricardo Pacheco, 68 anos. Ele tinha um tumor no fígado e desde 2004 estava na fila do transplante. Segundo a filha, Márcia Pacheco, Ricardo foi chamado seis vezes para realizar o transplante mas nunca conseguiu:

– Alegavam que o fígado estava ruim ou que a família do doador não havia mais liberado o transplante. Na última vez, em março, uma paciente conseguiu uma liminar que concedia o fígado da vez para ela – revelou.

Ricardo Pacheco acabou não resistindo à espera do órgão e faleceu há cerca um mês.

FONTE : JB ON LINE
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Este é o meu Pai

Este é o meu Pai
Nem tão idoso era... Tinha uma vida saudável não bebia ! Aguardava com esperança o transplante... Dizia que ainda realizaria muitos sonhos...

FRAUDE (REVISTA VEJA EDIÇÃO 2072).

FRAUDE (REVISTA VEJA EDIÇÃO 2072).
UM PODER DE VIDA OU MORTE!


Médico que chefiou a central de transplantes do Rio de Janeiro
é preso, acusado de burlar a ordem das cirurgias de fígado.
O caso mostra que é urgente apertar a fiscalização e dar
transparência ao sistema de captação e doação de órgãos.

DUPLA AÇÃO Joaquim Ribeiro chefiou por quatro anos a central de transplantes e a equipe que realizava cirurgias na UFRJ: poder demais e controle de menos.

O médico Joaquim Ribeiro Filho foi acordado e preso em sua casa, na quarta-feira passada, no Rio de Janeiro, por uma operação da Polícia Federal. Com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele comandou, até setembro passado, a equipe de transplantes hepáticos do Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ. Entre julho de 2003 e março de 2007, acumulou esse cargo com o de coordenador da central estadual de transplantes, responsável por controlar a inscrição na lista de espera de quem precisa de um órgão e por designar as doações de acordo com prioridades regulamentadas pelo Ministério da Saúde. São dois dos cargos mais importantes que um profissional especializado em transplantes pode ocupar no estado. Exatamente por isso é tão grave a acusação que pesa sobre Ribeiro. Depois de cinco anos de investigação pela PF, o médico foi denunciado pelo Ministério Público Federal, acusado de desvio de órgãos para favorecer pacientes inscritos na fila de espera por um fígado. Ribeiro foi recolhido ao presídio de Bangu 8. Outros quatro médicos de sua equipe, também denunciados, estão em liberdade.

Há ainda denúncias de que os pacientes beneficiados desembolsaram até 250 000 reais. Não existe prova de que o médico tenha recebido propina. Os casos que envolvem pagamento são de cirurgias realizadas ou programadas para a Clínica São Vicente, uma das mais conceituadas e caras do Rio. As quantias podem, então, incluir as despesas com hospital. É algo que só o curso da investigação poderá dizer. O que se pode afirmar até agora é que o médico se transformou numa espécie de dono do sistema de transplantes de fígado no Rio, onde existem apenas três equipes credenciadas para esse tipo de cirurgia. Em resumo, o trabalho de Ribeiro na UFRJ era fiscalizado por um órgão que tinha ele próprio no comando – uma situação não recomendada em qualquer área. Tornou-se ainda mais complicada por ter à frente um profissional que compra brigas. "Ele tem uma personalidade combativa, mas sempre cumpriu as regras", diz a advogada de Ribeiro, Simone Kamenetz. Uma conversa telefônica interceptada pela PF mostra quanto esse limite é tênue. Nela, um hepatologista da UFRJ define o médico da seguinte forma: "Ele acha que é o dono do órgão, não quer respeitar a fila, quer dar a quem ele acha que merece mais". Eleger por conta própria quem deve ser beneficiado na luta pela vida é brincar de Deus. A denúncia do MP indica que, ao menos três vezes, Ribeiro teria agido dessa forma. Outros dez casos foram apurados pela polícia e, depois que o escândalo veio à tona, mais denúncias surgiram.



... Longa espera por um transplante.

A espera por um transplante é uma situação que envolve pacientes muitas vezes à beira da morte. Para agravar a aflição, as filas obedecem a critérios complexos. Consideram fatores genéticos, idade e peso para identificar a compatibilidade entre doador e receptor. No caso da distribuição de fígados, a regra mudou em 2006. Deixou de ser cronológica para levar em conta a gravidade do estado de cada paciente, determinada por uma combinação de exames chamada Meld, também utilizada nos Estados Unidos. A única maneira de dar um mínimo de tranqüilidade a quem espera é trabalhar com absoluta transparência. Essa é uma das precariedades do sistema nacional de transplantes e, no Rio de Janeiro, chegou às raias do absurdo. Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde admitiu que até hoje – Ribeiro foi afastado da coordenação de transplantes em março do ano passado – o ranking de espera por um fígado tem pacientes duplicados, doentes sem exame em dia, mortos e pessoas já transplantadas. Um relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS constatou também a existência de uma lista paralela na gestão de Ribeiro. É um campo fértil para fraudes.

Ribeiro é acusado de manipular informações sobre o estado dos órgãos doados ou de pacientes. Em julho de 2003, dias depois de assumir a coordenação da central de transplantes, ele implantou um fígado no 32° paciente da lista, Jaime Ariston – irmão do então secretário estadual de Transportes, Augusto Ariston. Para isso, classificou o órgão doado de "marginal", ou seja: no limite de apresentar risco ao receptor. Assim, desobrigou-se de oferecê-lo aos primeiros da fila, numa prática condenada pelo Ministério da Saúde. "A classificação e o procedimento não existem. Esses órgãos precisariam ser oferecidos à lista", diz o diretor do Departamento de Atenção Especializada do ministério, Alberto Beltrame.

No Rio, a Secretaria de Saúde determinou o recadastramento de todos os pacientes inscritos na lista de espera por um transplante de fígado. É o primeiro passo para regularizar a situação. Mas um caso como esse significa um prejuízo de dimensões incalculáveis num país que ainda está longe do ideal em relação à taxa de doação de órgãos (ver quadro abaixo). Para conquistar a confiança da população, a única saída é reforçar os controles. A esse respeito, diz Sergio Mies, do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, um dos profissionais mais respeitados do país: "O sistema de transplantes precisa ser auditado, tem de ter lisura. Quando se favorece alguém, sabe-se que outro vai morrer".



Homenagem do Jornalista Ricardo Boechat Band News.

Lamparinas da Vida

Esperança...

Que no Brasil seja cumprida a portaria 1.160/2006 publicada no Diário Oficial:“A seleção dos pacientes mais graves será feita através da escala meld (model for end-stage liver disease), um modelo matemático que calcula a partir de exames clínicos a gravidade do estado do paciente. Os valores da escala variam de 6 a 40, sendo 40 o mais grave. (transplantes hepáticos)”.

E a campanha continua:


Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade.Quando um transplante é bem sucedido, uma vida é salva e com ele resgata-se também a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado.
DOAR ÓRGÃOS É DAR VIDA! SEJA UM DOADOR.

por Leila Carla filha de Ricardo Pacheco

PAI

Faça de seu peito largo e forte meu escudo, para que os olhos de meus inimigos não me encontrem. Empresta-me sua força de guerreiro, para combater a injustiça e a cobiça. Minha devoção ofereço. Que seja feita a justiça para todo o sempre! É meu pai e meu defensor, conceda-me a graça de receber sua luz e de receber sua proteção.
Até qualquer dia pai. Saudades eternas... Te amo demais! Sua filha Leila.

Alguns olhares, apesar de não serem verbalizados, permanecem arraigados nas profundezas de nossas almas. Muitos desses olhares com o passar do tempo agem como foco de lanternas, iluminando os caminhos que percorremos.


sábado, 12 de maio de 2007



Há uma pessoa muito especial
a quem se dirige esta mensagem...

Minha Mãe!
Maravilhosa, sensível, verdadeira...
Sempre presente nos momentos mais difíceis da minha vida...
Pessoa que sabe amar, se dar de verdade.
Senti e sofre junto com suas filhas...
A vida lhe presenteou com
a coroa da sensibilidade e do amor.
Escolhida por Deus para ser a minha luz...
Mulher que em meio as dores sorri...
Por isso que flui de dentro de mim neste
momento a incontrolável vontade de
expressar esse meu grande amor.
Meu orgulho de tê-la como MÃE...
Espero ser capaz de traduzir as minhas atitudes em vitórias...
Acho que é o mínimo que merece receber.
Seu amor é incondicional...
E... Enfim,
Acho que o cara lá de cima não poderia ter sido mais generoso...
Ofertando-me a melhor herança que poderia receber da vida...
O prêmio de ser sua filha!!! - Te amo muito...

Leila

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